A partir da quinta-feira, véspera de feriado prolongado, o movimento nas estradas começa a aumentar muito e o risco de acidentes e mortes também.
Em muitos casos, por excesso de confiança ou pela própria escala de trabalho, o sono pode aparecer na hora errada e interromper a viagem.
Médicos afirmam que o sono é a causa de até 1/3 dos acidentes nas estradas.
Especialistas do Instituto do Sono, em São Paulo, fizeram uma bateria de testes com 400 motoristas de ônibus de todo o país.
Em um dos exames, eles foram monitorados durante 20 min sentados, como se estivessem numa estrada tranqüila. E o resultado surpreendeu: 48% dos motoristas estão cansados ou sonolentos no momento em que estão trabalhando, ou seja, eles ainda não conseguiram se recuperar após um período de sono.
O professor Marco Túlio de Mello, coordenador do Centro de Estudos em Sonolência e Acidentes, aponta como a principal causa do sono a escala de trabalho dos profissionais do volante.
A legislação diz que eles devem ter 12h de descanso de intervalo (trabalham 8h e descansam 12h). O correto seria um descanso de, no mínimo, 24h.
Para evitar o risco de cochilar fora de hora, é importante seguir algumas dicas simples:
- Nada de refeição pesada antes de viajar; comer muito dá sono;
- Após o almoço, não é recomendável pegar estrada;
- O período da madrugada, entre 3h e 5h, também deve ser evitado porque estamos acostumados a dormir nesse horário;
- Nas viagens mais longas, é importante parar a cada duas horas para descansar o corpo.
- Faça uma parada a cada três horas para lavar o rosto e ficar exposto à luz ou à luminosidade.
Além de descansado, é fundamental ficar atento a tudo o que acontece na estrada.
Às vezes, um pequeno deslize estraga o feriado inteiro.
No carnaval desse ano, por exemplo, 32% dos acidentes registrados nas principais rodovias que ligam a capital paulista ao interior foram batidas traseiras.
Mas, de nada adianta ficar acordado e atento a viagem toda se o carro der problema. Antes de pegar a estrada, verifique o estado dos pneus e calibre-os, revise o freio, o alinhamento e o balanceamento das rodas e as palhetas dos limpadores de pára-brisa e principalmente cheque a suspensão.
Se a família não abre mão de levar o cachorrinho na viagem, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) recomenda que o animal fique preso, com a coleira e no banco traseiro; o animal não pode circular livremente pelo veículo.
Para finalizar, dê uma olhadinha na previsão do tempo para fugir da chuva, da neblina e fazer uma viagem bem tranqüila.
Bom feriado!
Fonte: globo.com
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